Política
Dois a cada três candidatos que disputaram eleições em 2016 mudaram de partido para 2020, diz jornal
Dois a cada três candidatos no Brasil que disputaram as eleições em 2016 mudaram de partido para 2020. Dos 164.777 nomes que concorreram há quatro anos e estarão novamente no pleito agora, 110.200 estão em nova legenda. O levantamento foi feito pelo jornal O Globo com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre candidatos a vereador foram 102.428 mudanças, quase 92% deste total. A mudança é uma tendência natural, especialmente em partidos pequenos e com aliados de prefeitos que mudam de legenda, como o caso de Edvaldo Nogueira em Aracaju (indo do PCdoB para o PDT). Mas o número em 2020 chama a atenção.
No caso do MDB, 8.640 candidatos que disputaram cargo em 2016 estão em outra legenda, mas 8.222 fizeram o caminho inverso. Já no PT, 3.104 candidatos deixaram a sigla, mas 3.168 ingressaram no partido.
Mas alguns números indicam uma tendência que cresceu em 2018: a queda de legendas tradicionais. No caso do PSDB, foram mais filiados perdidos (7.698) do que ganhos (6.396). A maioria deles foi para DEM e PSD: o primeiro, em quatro anos, recebeu 8.015 políticos, enquanto o segundo recebeu quase 10 mil.
O PSD está entre os cinco partidos que mais ganharam membros entre as eleições de 2018 e 2020. Destes cinco, quatro foram fundados nos últimos 20 anos: além do PSD, também o Novo, o Rede e o PSOL.
Além disso, há aqueles que fazem uma grande mudança de ideologia. Segundo o levantamento, 43 candidatos foram do PT para o PSL, enquanto 96 fizeram o caminho inverso, trocando entre legendas de esquerda e de extrema-direita.
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