A Associação Mundial de Atletas (AMA) pediu nesta quarta-feira (9) a exclusão do Irã do esporte mundial caso o lutador Navid Afkari seja executado. O campeão mundial de luta greco-romana enfrenta duas penas de morte por ter matado um segurança a facadas e por acusações ligadas a protestos antigoverno em 2018.

O caso ganhou o mundo e provocou revolta de várias entidades. A AMA, que representa em torno de 85 mil atletas, afirmou em nome de seu diretor, Brendan Schwab: “O ato horroroso de executar um atleta só pode ser considerado um repúdio aos valores humanitários que sustentam o esporte. Em resultado, o Irã deve perder o direito de ser parte da comunidade universal do esporte”.

Navid Afkari afirmou que foi torturado para fazer uma confissão falsa, e seus advogados não veem provas de culpa. Porém, o judiciário iraniano negou, em comunicado da semana passada. “Com base em indícios claros, Afkari matou um homem inocente a facadas. Ele confessou ao tribunal. O tribunal emitiu a pena de morte com base em indícios fortes, e a Suprema Corte manteve a pena de morte”, afirmou.

Várias entidades e até mesmo Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, já se manifestaram publicamente pedindo o perdão ao atleta. Nas redes sociais, a campanha #SaveNavidAfkari ganhou muita repercussão em todo o mundo.