Esporte
Instituto nega competência para fazer laudo de leitura labial usado pelo Flamengo
O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) comentou uma suposta participação na elaboração do laudo técnico em que se comprovaria a suposta manifestação racista do jogador do Bahia, Ramírez, contra o atleta do Flamengo, Gerson.
Segundo o jornal O Globo, em nota assinada pela chefe de gabinete, a professora doutora Ana Regina Campello, a direção geral do instituto citou reportagens que abordaram “uma suposta participação do Ines na elaboração de laudo da alegação, por parte do Flamengo.
Além disso, o Ines afirmou que “não possui a competência para se manifestar sobre questões que requeiram habilidades de ‘leitura labial'” e que “na qualidade de instituição federal de ensino vinculada ao Ministério da Educação, não possui autorização regimental para prestar serviço em prol de interesses privados a pessoas físicas ou jurídicas”.
De acordo com a publicação, o Instituto também afirmou que os dois profissionais que participaram da elaboração do laudo, “embora pertencentes ao quadro de servidores da Instituição, em que ocupam o cargo de Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais, não o fizeram representando o Ines, mas sim de forma particular”.
O caso entre os jogadores ocorreu após Ramírez marcar o primeiro gol do Bahia na partida de domingo (20), aos sete minutos do segundo tempo. Segundo Gerson, o meia teria dito a ele: “Cala a boca, negro”.
A acusação foi registrada na súmula, apesar de o árbitro Flavio Rodrigues de Souza afirmar não ter presenciado o episódio. O duelo terminou com vitória rubro-negra por 4 a 3.
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