Esporte


Mesmo dizendo não ter pressa, médico da CBF fala que futebol brasileiro está pronto para voltar


Publicado 16 de maio de 2020 às 13:07     Por Redação Galáticos Online     Foto Rafael Ribeiro / CBF

Em live no Instagram, o coordenador do protocolo nacional da CBF, Jorge Pagura, não fala sobre data de retorno do futebol, mas diz que há um cuidado com o esporte.

“A CBF, na figura do presidente Rogério Caboclo, respeita totalmente as decisões que vêm dos órgãos federal, estadual e municipal. Não vai mexer uma palha para forçar nada”, e continuou:

“Há um mês e meio que estou trabalhando nesse projeto. Junto com médicos, epidemiologistas. Estamos totalmente prontos para voltar com a maior segurança dentro da sua atividade aqui no país. Quando o futebol fala todo mundo escuta. Nossa responsabilidade na execução do plano é muito grande”, completou.

Ele que é neurocirurgião e compõe o Conselho Nacional dos Clubes, ressalta que as partidas têm que ser realizadas sem torcida no retorno. “As aglomerações vão ser as últimas a serem liberadas. Provavelmente (o público) quando tiver grande percentual da população que ou teve contato e produziu anticorpos ou quando surgir vacina ou tratamento muito eficaz”, falou.

O médico também reconhece as dificuldades do país para conseguir testes em massa para os atletas. “A Alemanha resolveu os problemas deles, mas não podemos nos comparar com eles, tem a diferença econômica. Mas vamos ter testagem sim, não podemos fazer teste de RT-PCR em cada um porque pode demorar, tem que esperar entre o 3º e o 7º dia, então teria que testar e isolar”, disse e ainda deu detalhes:

“Então vamos ter grande questionário clínico, testes rápidos e série de coisas. Dentro desse plano, qualquer sintoma vamos tratar como doente e daí vai para o RT-PCR. Mas uma coisa é analisar para 80 jogos. Outro, fazer em 380 jogos, que é só da Série A. E mais de mil em outras séries. É inviável RT-PCR para todos”, comentou.

Ele ressaltou as regras que devem ser seguidas nas partidas por conta do coronavírus. “No plano tem isso (não cuspir), mas não tem multa. Vão ter opções, vão ter totens para se ele (o jogador) precisar assoar o nariz. No toten, tem álcool gel para esterilizar a mão. Apesar de que essa gotícula permanece pouco no ar em ar livre”, explicou.

Mas Jorge Pagura reconhece o desafio que é fazer os jogadores tomar todas as precauções durante a quarentena. “É difícil, pois estamos falando de uma população muito jovem. Os casados têm maior possibilidade de ficar isolado. O jogador é boleiro, gosta de churrasco, de samba, mas são responsáveis. Mas como vai segurar mais de 10 mil atletas em casa? Médicos têm passado treinamento para eles, têm olhado, mas não é algo muito fácil. Todos nós estamos tentando ficar em casa”, terminou.



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