Saúde
Após artista sergipana denunciar transforbia, Saúde de Aracaju confirma inadequação no prontuário eletrônico
A Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju (SMS) confirmou ao AjuNews que após a artista sergipana Isis Broken denunciar que sofreu transfobia em espaços públicos da Prefeitura de Aracaju e do Governo de Sergipe foi detectada uma inadequação no prontuário eletrônico da unidade de saúde, onde Isis e o espose teria sido atendides.
“Através do relato de Isis foi detectada uma inadequação no prontuário eletrônico, que já foi encaminhada ao setor técnico responsável para ser resolvida da forma mais viável”, diz um trecho da nota enviada a redação neste domingo (20). Ainda conforme o posicionamento, a SMS tomou conhecimento do caso de Isis, entrou em contato para reforçar que o município está à disposição para solucionar o problema.
“A SMS ressalta que atua de forma técnica em seus atendimentos, sem fazer quaisquer diferenciações, independentemente de cor, sexo, classe social ou identidade de gênero. Além disso, salienta ainda que atua sempre com o compromisso de atender os usuários e usuárias do SUS da melhor maneira possível e está em contato para atender as demandas do casal da forma mais ágil possível”, concluiu a nota.
A artista sergipana iniciou uma campanha nas redes sociais para pedir ajuda financeira à quem puder colaborar com os custos para a gestação. “Agora estamos falando de uma vida que está sendo gerada sem o mínimo de condições! Lourenzo está indo pro 4 mês de gestação e ainda não tivemos uma consulta de pré-natal com um médico! Isso é inadmissível! Peço a ajuda de vocês, que me seguem para que essas denúncias não passem impunes! Se puderem nos ajudar financeiramente o nosso pix: isisbroken@icloud.com”, finalizou.
Entenda o caso:
A artista sergipana Isis Broken denunciou que sofreu transfobia em espaços públicos da Prefeitura de Aracaju e do Governo de Sergipe, e locais privados que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS). Em denúncia feita em suas redes sociais na sexta-feira (18), a cantora travesti relatou todo o “processo traumático” com Lourenzo, que está com quase quatro meses de gestação.
“Somos o primeiro casal transcentrado de Sergipe a esperar um filhe, mas o que deveria ser um processo lindo e amoroso, se tornou um grande pandemônio transfóbico, sofremos transfobia em todos os espaços públicos e privados”, denunciou.
“Nossas identidades não estão sendo respeitadas por atendentes, enfermeiros, médicos e afins… Lourenzo passou duas semanas com um sangramento que não passava e a médica avaliou ele de forma desleixada e disse ‘vá pra casa e espere o SUS liberar uma ultrassom pra ver se o bebê tá vivo ou morto’. Além do constrangimento que passamos no laboratório da @unit_br sem respeitar o nome social de Lourenzo, além de outros diversos traumas que estamos passando”, criticou.
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