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‘Visibilidade não paga minhas contas’, critica Quésia Sonza no Dia da Visibilidade Trans
A artista sergipana, Quésia Sonza, apontou sua indignação em entrevista ao AjuNews, por apenas ser lembrada no Dia da Visibilidade Trans, celebrado neste sábado (29). Segundo ela, pessoas que estão em um espaço de poder não lembram de sua existência no resto do ano e, quando lembram, não a remuneram por seu trabalho.
“Quando lembram de mim só nesse mês, e esquecem de mim no resto do ano, é uma coisa muito complicada. E quando lembram da gente em algum momento, essas pessoas que estão em um espaço de poder, e nos dão oportunidade, não há remuneração. Pois cai naquele abismo de ‘é a oportunidade da sua vida, a gente vai te dá visibilidade’. Eu tenho uma poesia que eu falo ‘visibilidade não paga minhas contas’”, criticou.
Ao site, a cantora, modelo fotográfica, atriz e mestre de cerimônias ressaltou que os desafios duplicam para ela que é ‘travesti, preta, gorda, periférica e macumbeira’. Segundo ela, reivindicar sua identidade como travesti já é uma barreira, pois as pessoas não acreditam e a marginalizam. “Não consigo a chegar a certos espaços”, relatou a jovem.
De acordo com Quésia, uma das coisas que a ajudariam a se inserir nos locais seria a colaboração das pessoas cisgêneros (que tem anatomia, sexo e biologia alinhados com o gênero ao qual se identifica). Além disso, ela também frisa a importância de ser paga por seu trabalho e afirmou ao site que está disponível para comercial, programa e outros trabalhos remunerados.
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