Justiça


Acusado de esfaquear Bolsonaro, Adélio Bispo pede ao STF para ser transferido a hospital psiquiátrico


Publicado 19 de novembro de 2020 às 14:32     Por Fernanda Souto     Foto Reprodução/ Twitter/ @FarolNewsOf

O ex-garçom Adélio Bispo, que tentou assassinar o então candidato a presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em 2018, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser transferido imediatamente para um hospital psiquiátrico, em Minas Gerais. Ele está detido no presídio federal de Campo Grande desde o ano do crime, e alega que tem sido perseguido por um dos agentes da prisão. A informação foi divulgada pela revista Veja, nesta quinta-feira (19).

A ação protocolada pela Defensoria Pública da União, na última terça-feira (17), pede uma liminar contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a sentença do juiz Bruno Saviano, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora. Com o veredito, Adélio deve permanecer no presídio de segurança máxima por não haver vagas no Hospital Psiquiátrico Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, única unidade apta a recebê-lo. No local há uma fila de 427 pessoas.

A decisão do STJ veio depois de o juiz federal Dalton Conrado, da 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, ter determinado a transferência do criminoso à unidade psiquiátrica, com o argumento de que os presídios do sistema penitenciário federal não têm estrutura para acolher pessoas com “transtorno mental”. Além disso, por Adélio ter sido perseguido por um dos agentes da prisão, segundo depoimentos.

“Há evidências de que na própria unidade prisional em que se encontra, a ausência de detalhamento específico do tratamento dado ao paciente e os indícios de agressões sofridas pela conduta de agente penitenciário da própria PFCG já demonstram a atual e contínua violação à segurança e à saúde do paciente Adélio”, disse o defensor.

 

 



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