O empresário bolsonarista, Cássio Cenali, que humilhou e negou marmita a diarista que declarou voto no ex-presidente e candidato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por compra de votos.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, um coletivo de Advogadas e Advogados pela Democracia apresentou uma notícia-crime ao MPF pedindo que ele seja investigado pelo crime de fraude após ter recebido cerca de R$ 5.000 em auxílio emergencial do governo federal.

Segundo a publicação, consta no Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União, que o empresário bolsonarista recebeu, entre abril de 2020 e outubro de 2021, 15 parcelas do auxílio previsto para a população de baixa renda.

“Não se vislumbra que uma pessoa que distribua 60 marmitex semanais devesse ter sido beneficiada pelo auxílio emergencial”, afirmam os advogados na notícia-crime.

O coletivo solicita, ainda, que seja apurada a suposta prática de compra de votos por meio da entrega de marmitas a pessoas em situação de vulnerabilidade.

O vídeo do empresário viralizou no sábado (10), na cidade de Itapeva, no interior de São Paulo, após o empresário gravar o momento em que a senhora deveria pedir marmita a Lula.

NOJENTO! Negar uma marmita a quem tem fome por causa de uma posição política. Esse é o nível de desumanidade dos defensores de miliciano! pic.twitter.com/aDc0XMDnGC

— Boulos 5️⃣0️⃣1️⃣0️⃣ (@GuilhermeBoulos) September 11, 2022