Duas mulheres afirmaram terem passado por situações desconfortáveis com o juiz Rodrigo de Azevedo Costa, que desdenhou da Lei Maria da Penha durante uma audiência sobre pensão alimentícia e guarda.

Em vídeos de audiências divulgados pela coluna Papo de Mãe, do UOL, o juiz se mostrou muito mais amigável com o advogado e o ex-marido do que com a advogada e a mulher. Além disso, ela também foi interrompida uma série de vezes.

Já em outra audiência pedida porque a mulher tem a guarda compartilhada e precisava rever as visitas em razão da pandemia, já que as filhas não estão indo para a creche, Campos fala sobre as condições econômicas da mulher em questão, que não foi identificada por questões de segurança, além fazer comentários com teor de humilhação e racismo.

“Mas pera aí: a senhora ganha R$ 1.300 por mês e quis ter dois filhos?”, disse ele. “Esses dois vão ter que resolver entre si quem vai cuidar do filho. Ou senão dá pra adoção. Se não pode cuidar, põe num abrigo, sei lá, faz uma coisa assim”, diz em outro trecho.

Em outra situação o magistrado chega a falar que não tem culpa do homem ser “mau pai”. Eu vou fazer o quê? Vou pegar este negão e encher ele de tapa? Não é meu trabalho este”, afirmou.

O juiz Rodrigo de Azevedo Costa começou a ser investigado pela Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de São Paulo, na última sexta-feira (18), após ter revelado que não está “nem aí” para a Lei Maria da Penha e para as medidas protetivas do país.

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