Justiça


Justiça bloqueia R$ 640 mil de ex-marido que matou juíza no Rio de Janeiro


Publicado 28 de dezembro de 2020 às 09:24     Por Fernanda Sales     Foto Twitter / @correio24horas

A Justiça do Rio de Janeiro bloqueou R$ 640 mil de Paulo José Arronenzi, engenheiro que matou a facadas sua ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. A justificativa para o bloqueio foi de que, por ter cidadania italiana, o assassino poderia, mesmo preso, transferir dinheiro para o país europeu por meio de terceiros. De acordo com informações do Uol, esse valor, agora, passa a ficar disponível para uma futura indenização por danos morais e para garantir o sustento das três filhas do casal, que presenciaram, no último dia 24, o feminicídio da mãe.

Segundo a publicação, o pedido de arresto foi feito pelas meninas, todas menores de idade, em nome da avó, e concedido neste sábado (26) pelo juiz João Guilherme Chaves.

Filmado por uma testemunha, o crime ocorreu na véspera de Natal na frente das filhas, duas gêmeas de 7 anos e uma de 9 anos, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O corpo de Viviane foi cremado na manhã de sábado (26) no bairro do Caju, na região central do Rio.

A juíza chegou a denunciar o ex-marido por lesão corporal e ameaças. O próprio TJ providenciou uma escolta para Viviane, mas ela abriu mão da proteção. Em 2007, uma ex-namorada de Paulo José Arronenzi já havia denunciado o engenheiro por agressão.

Em 2020, o Estado do Rio registrou 67 feminicídios, segundo dados consolidados até novembro do Instituto de Segurança Pública (ISP). No ano passado, foram praticados 85 feminicídios, a maioria (47%) cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas. De 2017 a 2019, houve alta de 25% desse tipo de ocorrência.

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