Justiça


MP-SE solicita que Indiaroba suspenda venda de carne sem certificação


Publicado 24 de abril de 2021 às 18:41     Por Fernanda Sales     Foto Reprodução / Google Street View

O município de Indiaroba, no sul sergipano, recebeu determinação do Ministério Público de Sergipe (MP-SE) para suspender a venda de carne bovina em feiras, mercados e açougues, sem a devida certificação de origem e acondicionamento em balcões refrigerados. A Ação Civil Pública foi ajuizada por meio da Promotoria de Justiça de Indiaroba. Em caso de descumprimento, a multa diária é de até R$ 50 mil reais.

A liminar determina ainda que o município de Indiaroba promova, no prazo de 60 dias, todas as medidas cabíveis para a higienização e segurança dos consumidores, dentre elas a instalação de balcões refrigerados no Mercado Público Municipal.

Para cumprimento da liminar, o Poder Judiciário oficiou o escritório municipal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para a fiscalização. Também foi enviado ofício à direção estadual do órgão para que, no prazo de 30 dias, preste informações sobre as medidas que devem ser adotadas para a adequação do Mercado Municipal que atendam as exigências higiênico-sanitárias.

A determinação surgiu após a Promotoria de Justiça de Indiaroba receber notificação de supostas irregularidades no abate de carne bovina, além da comercialização de tal gênero alimentício em feiras livres do município, sem atendimento às normas sanitárias e de segurança alimentar. O MP-SE solicitou à Emdagro que fizesse uma inspeção sanitária nos locais de abate e foi constatado que, mesmo estando interditado, o Matadouro Municipal ainda era utilizado por magarefes.

“A Emdagro atestou que não há iluminação, observância das normas sanitárias, não há área para higienização das carretilhas, e que o sangue e as vísceras dos animais são jogados em uma fossa comum. A equipe técnica concluiu que não há no local câmara fria, nem graxaria, muito menos controle de pragas e roedores, ou seja, não há condições para o funcionamento. O abate e a comercialização da carne são totalmente ilegais, sem qualquer tipo de fiscalização ou de controle sanitário, pela administração pública local, que resiste em implementar medidas impopulares, enquanto a população que adquire as carnes em feiras livres, encontra-se em potencial risco à saúde”, ressaltou o promotor de Justiça Peterson Barbosa.



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