O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) arquivou a investigação de uma denúncia anônima sobre uma festa ocorrida na Croa do Goré, uma pequena ilha entre as cidades de Aracaju, São Cristóvão e Itaporanga d’Ajuda, durante a pandemia de covid-19, em julho deste ano.

A decisão foi assinada no último dia 13, pela promotora de Justiça Rosane Gonçalves dos Santos, da Promotoria de Justiça Especial de São Cristóvão, que apontou “conflito de atribuição” entre delegacias. De acordo com a representante do MP, havia dúvida sobre em qual município sergipano o churrasco teria ocorrido. O caso foi encaminhado para a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do órgão.

Em sua justificativa para arquivamento, a promotora afirmou que, inicialmente, foi encaminhado um ofício no dia 12 de julho para a 6ª Delegacia Metropolitana de Polícia, com sede em São Cristóvão. No dia seguinte, o titular da unidade policial respondeu por e-mail que a Croa do Goré não está sob a circunscrição da delegacia.

Segundo a promotora, “não somente em razão de a informação não ter sido concludente, mas também porque nenhuma atividade investigativa foi levada a efeito”, também foi enviada no dia 13 de julho uma correspondência ao secretário de Segurança Pública, João Eloy, mas “até o presente momento, não se obteve sucesso, com essa autoridade”.

De acordo com a promotora, no mesmo dia, ela tomou conhecimento acerca da instauração de investigação na Delegacia de Turismo, em Aracaju, por meio de um “documento acompanhado de sucinto relatório de investigação”. Rosane também alegou que “todas as medidas foram adotadas visando à solução da demanda”, por isso, “falece a possibilidade de continuar tramitando a presente notícia de fato”.

A representante do MP argumentou ainda que “há de se considerar que na Comarca de Aracaju existem diversas promotorias criminais, logo deixo de remeter a presente notícia de fato a qualquer delas, eis tal incumbência não está afeta a esta promotora de Justiça, que não poderia escolher ao seu alvedrio, para qual unidade ministerial endereçar o procedimento investigativo”.

Investigação policial
Procurada pela reportagem do AjuNews, a assessoria da Polícia Civil, através da Delegacia de Turismo (Detur), informu que continua investigando o caso. O delegado Wellington Fernandes já ouviu 10 pessoas e outros participantes do evento já foram identificados, porém ainda não foram localizados.

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