Polícia
Funcionário acusa mercado de pedir recompensa por supostos ladrões antes de entregá-los ao tráfico
Um funcionário de uma das lojas da rede de supermercado Atakarejo, em Salvador, onde dois homens foram torturados e mortos após serem acusados de furtarem pacotes de carne, afirmou que seguranças do estabelecimento teriam usado um celular corporativo para entrar em contato com familiares das vítimas e pedir uma recompensa para mantê-los vivos.
De acordo com a rádio BandNews FM, a polícia civil da Bahia não confirmou essa versão. Os dois homens negros foram encontrados mortos com sinais de tortura, na última segunda-feira (26), no bairro de Brotas, também na capital baiana.
Segundo uma testemunha, o tio e o sobrinho foram espancados por seguranças e por outros trabalhadores da loja antes de serem entregues para traficantes do local.
À rádio, um parente do tio e sobrinho, que também preferiu não se identificar, confirmou que familiares receberam a ligação e que a recompensa pedida no telefone foi de R$ 10 mil. No entanto, segundo o familiar, os dois já estavam mortos. “Eles pegaram o celular de Bruno e começaram a ligar para algumas pessoas via WhatsApp pedindo R$ 10 mil para liberar os dois”, afirmou.
Em nota, o Atakarejo informou que está dando “todo suporte a ele e à família, certo de que as imagens demonstram conduta conforme as leis e normas legais”. O Atakarejo disse ainda que já entregou todos os documentos necessários para investigação e apuração dos fatos para os órgãos competentes do Estado.
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