Polícia


Polícia mira empresários e comerciantes que sonegaram R$ 10 mi em ICMS em Sergipe


Publicado 31 de março de 2020 às 07:09     Por Redação AjuNews     Foto Arquivo / SSP-SE

Empresários, comerciantes e corretores de milho que fraudaram impostos, principalmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), são alvos da Operação Aves de Rapina deflagrada pelo Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), na manhã desta terça-feira (31), em Itabaiana, no Agreste Central sergipano, e em cidades vizinhas de Aracaju. Três pessoas foram presas durante a ação.

De acordo com a Polícia Civil, uma denúncia feita pela Superintendência de Gestão Tributária da Secretaria de estado da Fazenda, aponta que ao menos R$ 10 milhões deixaram de ser arrecadados para os cofres públicos em decorrência das ações fraudulentas do grupo.

A polícia acrescenta que o esquema não é exclusivo de Sergipe, mas ocorre em âmbito nacional. Nesta manhã, os policiais apreenderam celulares, notas fiscais de empresas, transações de grãos, sobretudo o milho.

Durante as investigações, ficou comprovado que a associação criminosa trocava mensagens em um grupo denominado “Os Corujas”, por isso o nome da operação, e mantinham uma rede permanente de vigilância sobre a atuação das polícias estaduais e federal e dos postos da Sefaz, com pessoas distribuídas em rodovias e que trocavam mensagens por rádios comunicadores.

Segundo a delegada Nádia Flausino, do Deotap, o que ficou claro é que os caminhoneiros que faziam o transporte dos atacadistas agiam, respaldados pela associação criminosa, sem a correta documentação fiscal ou simulando atos de comércio com empresas fantasmas. Boa parte dos caminhões também circulava fora das normas de transporte de produtos, a exemplo do peso das cargas acima do permitido.

Na representação encaminhada à Justiça, a Polícia Civil destaca a urgência da operação, tendo em vista a necessidade de cessar essa sangria, já que a safra do milho desse semestre se estenderá até o mês de março de 2020. “Já foi verificada uma queda drástica da arrecadação esperada de R$ 10 milhões para apenas R$ 1 milhão, até o presente momento”, explicou a delegada Thais Lemos, diretora do Deotap.

Também participam da ação policial equipes da Coordenadoria das Delegacias do Interior, Departamento de Narcóticos, Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).



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