Política


Ângela Melo quer avanço do projeto Renda Mínima para combater a pobreza menstrual


Publicado 14 de outubro de 2021 às 13:19     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Assessoria parlamentar

A vereadora por Aracaju, Professora Ângela Melo (PT) criticou a decisão do governo Bolsonaro de vetar a distribuição gratuita de absorventes para mulheres vulnerabilizadas, e solicitou o avanço do projeto Renda Básica Municipal, em Aracaju, para que possa atender as mulheres em condições precárias de moradia.

Durante sessão na Casa Legislativa, nesta quinta-feira (14), a parlamentar afirmou que a propositura de sua autoria não teve qualquer posicionamento da Prefeitura até o momento, desde o início do seu mandato.

“Quando falamos em pobreza menstrual estamos falando de um conjunto de desigualdades e vulnerabilidades articuladas. Não por acaso, as meninas que já deixaram de ir à escola por não terem absorvente são filhas e netas das mulheres que vivem em condições precárias de moradia e saneamento e que estão sem emprego e renda”, destacou a Professora Ângela Melo.

A parlamentar destaca que o estudo Livre para Menstruar, realizado em 2018 mostrou que, no Brasil, 25% das estudantes já faltaram às aulas por não terem materiais de higiene íntima. Ao mesmo tempo, 20% das adolescentes do país não possuem água tratada em casa e 200 mil estudam em escolas com banheiros precários, o que torna ainda mais difícil o manejo da higiene menstrual.

Além disso, os dados apontam ainda que, uma mulher gasta entre 3 mil e 8 mil reais ao longo da vida com a compra de absorventes. “Enquanto isso, nós mulheres perdemos quase cinco trilhões de reais em renda somente no ano passado e 64 milhões de mulheres perderam o emprego em 2020 no mundo todo”, lembrou Ângela.

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