Política


Bancada sergipana no Senado diverge sobre novo valor do auxilio emergencial anunciado por Bolsonaro


Publicado 02 de setembro de 2020 às 09:19     Por Peu Moraes     Foto Arquivo / Agência Senado

Os senadores sergipanos divergem sobre o novo valor do auxílio emergencial anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nesta terça-feira (1º). De acordo com o chefe do Executivo nacional, o benefício será prorrogado até dezembro, mas com valor de R$ 300, diferente do atual R$ 600 que está em sua quinta parcela de pagamento.

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM), disse que a prorrogação do auxílio emergencial a desempregados, informais e beneficiários do Bolsa Família ser um alivio para milhões de famílias, mas ponderou que a redução do valor das parcelas vem em péssimo momento. “É um valor muito baixo e tenderá a jogar essas pessoas para a insegurança alimentar”, afirmou ao AjuNews, nesta terça-feira após o comunicado pelo planalto.

Em contrapartida, para a parlamentar caso fosse mantido os R$ 600, estaria dando maior proteção aos que se encontram vulneráveis neste momento e ainda seria de grande importância, sob a perspectiva de uma retomada econômica, poder disponibilizar esses R$ 180 bilhões de reais para aquecimento do mercado interno brasileiro.

Para o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, Bolsonaro está sendo cruel com a população que mais precisa dos recursos e voltou a afirmar que no começo da pandemia houve uma tentativa do presidente de pagar apenas R$ 200. “O PT sempre defendeu auxílio emergencial de um salário mínimo. A redução do valor é uma crueldade porque corta comida, bem estar e o mínimo necessário para as famílias sobreviverem. Esse é o governo que não amor e respeito pelas famílias”, acrescentou.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania), apoiou a prorrogação do benefício mesmo com valor reduzido, além de ressaltar o envio por parte do planalto da primeira parte da reforma administrativa. “Muito positivo o anúncio do presidente Jair Bolsonaro, garantindo a prorrogação do auxílio emergencial, mesmo que reduzido, e o envio da reforma administrativa. São medidas essenciais para o momento. Caberá ao Congresso fazer os aprimoramentos, votar e aprovar com total celeridade”, finalizou.

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