Política
Capitão Samuel tem 15 dias para se manifestar à Justiça sobre post supostamente homofóbico
O deputado estadual Capitão Samuel (PSC) tem 15 dias para apresentar manifestação em processo judicial para justificar a postagem de uma imagem com suposto teor homofóbico e racista, em novembro de 2021, em seu perfil no Instagram. O requerimento foi assinado pelo desembargador Osório de Araújo Ramos Filho.
Samuel se manifestou pelas redes sociais, na sexta-feira (5), e afirmou que é vítima de perseguição política. “O jogo político de tentar destruir quem trabalha, quem está próximo do povo começou forte contra mim. Espero que o eleitor investigue, acompanhe o trabalho de todos e perceba quem faz, quem fala, quem nada mostra e quem mostra obras que beneficiam diariamente o pequeno. Nunca fui homofóbico ou racista. Quero agradecer às dezenas de mensagens de apoio na luta contra o Banheiro “NUDS”. Foram várias mensagens de homossexuais que me conhecem e sabem que nunca fui homofóbico. Sou Cristão, respeito a todos e exijo o mesmo de todos”, escreveu.
A publicação feita pelo parlamentar apresenta uma mão negra, trajada com as cores da bandeira LGBTQIA+, e aparece representando uma ‘ameaça para a família’. No último dia 28, o Ministério Público de Sergipe requisitou que a Polícia Civil abra um inquérito para investigar o deputado pelos crimes de homofobia e racismo.
A publicação já foi apagada das redes sociais do Capitão Samuel, mas o Ministério Público decidiu sustentar o pedido de investigação, encaminhando o procedimento para a Polícia Civil. Caso a Polícia entenda que o deputado cometeu crimes de racismo e homofobia, ele pode ser julgado com pena de até cinco anos de reclusão.
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