Embora a proposta para adiamento das eleições municipais marcada para outubro desse ano, não esteja em tramitação no Congresso Nacional. O assunto ganhou força nos últimos dias após os senadores Major Olímpio (PSL-SP) e Elmano Ferrer (Podemos-PI) defenderem o adiamento por causa do avanço do novo coronavírus (covid-19).

A senadora sergipana Maria do Carmo (DEM) disse que ainda é cedo para falar de adiamento das eleições municipais. Para Maria precisa avaliar os resultados das medidas de prevenção e controle da covid-19 até o final do semestre. “Agora o momento é de ter calma, ajudar à população a atravessar esse período, avaliar as medidas de contenção e se unir em torno do combate à essa doença”, argumentou.

Os pré-candidatos à prefeitura de Aracaju, o ex-deputado federal Valadares (PSB) e Almeida Lima (PRTB) reforçaram que o momento não é para pensar em eleições, mas sim em ações que amenizem os impactos do vírus na vida da população. Segundo Valadares Filho, temos que pensar no Brasil pós covid-19 porque existe a possibilidade de recessão econômica e cogitar o adiamento é válido.

“Precisamos primeiro pensar na população brasileira agora e depois do coronavírus. A discussão de adiamento tem seu valor, porém não deve ser prioridade”, declarou. O ex-senador Almeida Lima também apoia o adiamento, mas não quer prorrogação de mandato. De acordo com Lima, o estendimento fere a Constituição Federal de 1988. “Prorrogar mandatos é inconstitucional, e a norma é cláusula pétrea, além de ser uma norma principiológica, norma superior, que é o Parágrafo Único do artigo 1° da CF – “O poder emana do povo…”, ressaltou.

Leia mais:
Coronavírus: Senadores propõem adiamento das eleições municipais