Política


Guedes deve seguir insistindo em propostas vetadas por Bolsonaro após eleições municipais, diz jornal


Publicado 10 de outubro de 2020 às 11:00     Por Eduardo Costa     Foto Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve seguir insistindo em propostas vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após as eleições municipais. Segundo a Folha de São Paulo, o pacote defendido por Guedes inclui a redução de benefícios como o abono salarial e a criação de um novo imposto na antiga CPMF.

Auxiliares da Economia acreditam que há soluções técnicas simples para abrir espaço no Orçamento e ampliar o Bolsa Família. A base de ampliação deve ser formada com 27 benefícios já existentes, dentro do teto de gastos. A equipe decidiu manter os planos de mudança do abono salarial, e ele pode ser incluído também no novo programa de auxílio.

Mas Bolsonaro e Guedes já tiveram choques públicos sobre possíveis mudanças no benefício. O presidente chegou a suspender publicamente o novo programa, que então era chamado de Renda Brasil, em agosto. O ministro vem estudando medidas de ampliar a arrecadação do governo, como a extinção do desconto de 20% para contribuintes que declaram o Imposto de Renda de forma simplificada.

Para isso, Paulo Guedes quer a aprovação da proposta de desvincular, desindexar e desobrigar o Orçamento, o que permitiria que o salário mínimo não fosse mais corrigido pela inflação e benefícios fossem congelados, por exemplo. Jair Bolsonaro também já vetou publicamente.

Segundo a reportagem, Guedes afirma que a tendência é que o Bolsa Família fique como está caso não hajam mudanças no Orçamento. Membros do governo avaliam que o ministro da Economia e o presidente já não possuem mais desavenças públicas.

Jair Bolsonaro afirmou na última quarta-feira (7) que não haverá “jeitinho” na ampliação do Bolsa Família. Já Paulo Guedes avalia que, por conta do rigor fiscal, ampliar despesas para financiar programas sociais pode trazer impactos ruins.

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