Política
Justiça determina suspensão de atividades do Movimento Polícia Unida
O movimento Polícia Unida é alvo de uma ação da Justiça de Sergipe que pede a imediata suspensão de suas atividades, como passeatas ou paralisações, e multa diária de R$50 mil em caso de descumprimento da medida. A ação, emitida na última sexta-feira (19), atende a um pedido do governo de Sergipe e assinada pelo juiz de direito Gilson Félix.
A alegação do governo é que o movimento descumpriu decisão anterior que proibia novas paralisações e suspensão parcial do trabalho. No último dia 15, policiais, bombeiros e delegados realizaram uma assembleia no Parque da Sementeira, na Zona Sul de Aracaju, e seguiram para o Palácio dos Despachos, em busca de um reunião com Belivaldo Chagas (PSD).
Na decisão, o juiz ressaltou que não há proibição em relação a realização de assembleia, mas destacou que o Movimento Polícia Unida “realizou nova passeata em dia útil e em horário de expediente policial, sem aviso prévio às autoridades públicas, inclusive com interrupção do trânsito e do tráfego em várias avenidas da Capital”.
Félix explicou que as provas apontaram que o Movimento Polícia Unida promoveu atos que se ajustam a determinação de proibição de novas paralisações ou suspensões parciais de trabalho e destacou que “o acesso às instalações, com a pretensão de protocolar Ofício, gerando tumulto ao afirmarem que somente sairiam depois de recebido em audiência pelo Governador, revela inquestionável abuso no exercício dos direitos que defendem”.
Por meio das redes sociais, o movimento vai recorrer da decisão. “Não há movimento paredista em Sergipe, não há mesmo, logo não tinha como descumprir a decisão judicial de nenhuma forma. O Sinpol continuou fazendo protestos e manifestações sem suspender serviços policiais, sejam total ou parcialmente”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe, Adriano Bandeira.
O Movimento Polícia Unida tem como uma das suas principais bandeiras o pagamento do adicional de periculosidade às categorias militares, além da reestruturação das carreiras policiais.
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