Política


‘Oposição não pode comemorar cada morte de covid-19’, diz Thiaguinho Batalha


Publicado 30 de julho de 2020 às 13:04     Por Peu Moraes     Foto César de Oliveira / Câmara de Aracaju

O vereador e vice-presidente da Câmara de Aracaju, Thiaguinho Batalha (PSC), afirmou que tem acompanhando os desdobramentos da Operação Serôdio que investiga desvio de verbas públicas, associação criminosa, corrupção, fraudes na licitação e na execução do contrato para montagem da estrutura necessária ao funcionamento do Hospital de Campanha na capital sergipana.

“A oposição não pode comemorar cada morte de covid, se o hospital foi construído com recurso público é plausível que haja investigação para apurar todos os processos. Tenho acompanhando todas informações relacionadas a operação busco ouvir também todos os lados porque é meu papel de fiscalizador”, disse durante live feita pelo AjuNews, nesta quarta-feira (29).

O parlamentar também disse que tem mantido contato com o presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Luiz Roberto, irmão do empresário Teo Santana, responsável pela montagem do Hospital de Campanha da capital com custo de R$ 3 milhões. Um servidor foi afastado por supostamente ter beneficiado o empresário com informações.

“O certo é certo, o errado é errado. Se existir fraude no processo sou favorável que haja punição porque defender o indefensável jamais irei fazer. Agora, caso seja comprovado que toda tratativa foi correta também espero que seja feito um pedido de desculpas. Contudo, nunca irei admitir erros com o bem público”, acrescentou.

Na entrevista, vereador também afirmou ser favorável ao adiamento das eleições municipais previstas para acontecer em novembro deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). “Estamos acompanhando diversos eventos pelo mundo sendo cancelado ou suspenso por causa da covid-19, logo, é quase impossível pensar em mantemos uma eleição com muitas pessoas morrendo e outras ficando doentes”, disse.

Questionado sobre um possível retorno das atividades presenciais na Câmara Municipal de Aracaju, o parlamentar foi enfático ao dizer que não é favor no momento porque existe uma crescente curva de casos confirmados da doença, além de que ficaria difícil gerenciar a entrada pessoas nas instalações da Casa Legislativa.

“Somos 24 vereadores, se cada parlamentar levar dois assessores, o número de já passa para 72 pessoas na Câmara, ainda tem as pessoas que vão até a Casa conversar com os vereadores e o pessoal da imprensa que faz cobertura das sessões. Logo, seria inviável voltamos com sessões presenciais no atual momento”, justificou.

Confira a entrevista na íntegra:

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