O vice-prefeito e pré-candidato à prefeitura de São Cristóvão, Adilson Júnior (PSD), fez duras críticas ao atual prefeito Marcos Santana (MDB) e afirmou que o povo “foi traído” pelo gestor. Em entrevista à rádio Fan FM nesta quarta-feira (2), ele explicou os motivos pelos quais rompeu com o prefeito e lançou sua chapa.

Segundo Adilson, o Município esqueceu o que dizia nas ruas. Segundo ele, a gestão não teve participação popular e traiu os envolvidos e o povo. Ele citou o caso da secretaria de Obras da cidade, indicada por Adilson, mas que teria sido desmembrada por Marcos.

“Os sonhos que as pessoas de São Cristóvão tinham há quatro anos são os mesmos de hoje. O que vimos depois da posse foi um governo que esqueceu o que dizia nas ruas. Governou de forma diferente, sem transparência, sem participação popular. Eu como vice, não tive oportunidade de ajudar. Nosso grupo foi traído pelo prefeito. O povo de São Cristóvão foi traído”, disse Adilson.

“Indicamos no começo da gestão a secretaria de obras. O primeiro decreto assinado por ele foi retirando toda a estrutura a secretaria de obras e criando outra. Há mais de um ano entreguei esse cargo, já por não concordar com a forma como ele estava agindo. A secretaria de obras foi esvaziada, ficou como uma rainha da Inglaterra”, acrescentou.

Adilson também se defendeu de críticas por ter sido eleito juntamente com Marcos em 2016. Segundo o vice-prefeito, mesmo não concordando com a gestão do prefeito, jamais foi tomada nenhuma ação que prejudicasse a gestão, com o objetivo de ajudar a população.

“Na responsabilidade que tenho, não poderia atuar contra a gestão. Desfio Marcos Santana a dizer um ato do vice-prefeito que veio a prejudicá-lo. Estaríamos prejudicando a população. Nas entrevistas que o prefeito dá hoje, ele diz que o papel do vice é institucional. Não foi para isso que colocamos nosso nome à disposição, e decidimos interromper a aliança”, afirmou.

Por fim, ele denunciou que a prefeitura de São Cristóvão assinou um contrato de mais de R$ 1 milhão de contratando serviços de terceirização sem licitação. Adilson disse que o contrato não está disponível no Portal da Transparência, e que está analisando a situação.

“Solicitamos quem são as pessoas que foram nomeadas, onde estão trabalhando, para que possamos saber se essas denúncias de uso de máquina púbica para eleição estão verdadeiras. Não existe essa lista no portal da Transparência. Soa muito estranho, depois de três anos e meio de mandato, o prefeito fazer um contrato de mais de R$ 1 milhão em terceirização de servidores”, completou.

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