O pastor Silas Malafaia declarou à Folha de São Paulo nesta terça-feira (6) que o apoio público da Igreja Universal do Reino de Deus a Kassio Nunes Marques, desembargador indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), é um “jogo político nojento” com interesses. O pastor tem sido um grande crítico da indicação ao Supremo.

“Essa conversinha fiada da Igreja Universal é por interesse político, tá? Um jogo estratégico nojento, político, para agradar, porque Bolsonaro está apoiando Crivella e Russomanno. A Universal que é isolada. Representa 4% dos evangélicos. Isso é onda, puríssima”, declarou, referindo-se a uma tentativa de respaldo de Bolsonaro a Marcelo Crivella e Celso Russomano (Repbulicanos), candidatos a prefeito em Rio de Janeiro e São Paulo.

À coluna Painel, da Folha, Silas Malafaia confirmou que três amigos de Kassio Nunes Marques o procuraram para intermediar um encontro dos dois. Ele disse: “Eu não tenho questões pessoais contra ele. Minhas questões são ideológicas, é só isso”. A situação coloca ainda mais o nome do pastor no centro do debate.

Isto porque ele tem sido um grande crítico da indicação. Ele afirmou que Kassio “é desembargador nomeado por Dilma e tem amizade com a turma do PT. Tanto é que um dos mais ferrenhos inimigos do presidente, o presidente da OAB, elogiou Bolsonaro por escolher o cara. Precisa de mais alguma coisa?”.

Também havia sido revelado que nomes como Malafaia e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foram procurados para dar sustentação ao nome de Kassio, bastante criticado pela base apoiadora de Bolsonaro.

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