Sergipe registrou 5.467 casos de dengue, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, durante o período de 29 de dezembro de 2019 a 21 de novembro de 2020. Os dados fazem parte do Boletim Epidemiológico das Arboviroses, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta sexta-feira (4).

Segundo o levantamento, foram 1.753 casos de dengue, 3.562 de chikungunya e 152 de zika. O total de casos notificados de dengue chegou a 5.064, mas 3.172 foram descartados e 134 se encontram em investigação.

De acordo com a pasta, dos casos confirmados de dengue, os grupos etários mais acometidos foram os de adultos jovens, entre 20 a 34 anos de idade, que representou 30,9% do total de infectados, seguido do de crianças de cinco a nove anos, que respondeu a 8,7% dos casos. O sexo feminino foi o mais afetado, com 57% das ocorrências, enquanto o masculino respondeu por 43%, como afirmou o diretor de Vigilância em Saúde, Marco Aurélio Góes.

Os municípios com maior incidência de dengue no período foram: Aracaju, com 865 casos; Nossa Senhora do Socorro, com 273 registros; São Cristóvão, com 106; e Tobias Barreto, com 66 confirmações. O estudo ainda aponta que foram registrados casos de dengue em 55 dos 75 municípios sergipanos e que não houve registro de dengue grave, nem óbito.

Já com relação à chikungunya, a SES destaca um cenário epidemiológico de destaque, com 4.776 casos notificados em 52 municípios sergipanos. Desse total, 3.562 foram confirmados, 991 foram descartados e 219 estão em investigação. A predominância dos casos foi registrada na faixa etária de 35 a 49 anos e no sexo feminino, com 64,2% das ocorrências. Um óbito por chikungunya foi registrado.

O boletim epidemiológico indica que Aracaju lidera o número de casos prováveis com 2.019 registros, na sequência, Nossa Senhora do Socorro, com 507; Estância com 252; e São Cristóvão, com 207. Quanto à zika, no período foram notificados 477 casos, com 152 confirmações. Os municípios com registros da doença são Aracaju, Aquidabã, Barra dos Coqueiros, Cristinápolis, Estância, Itabaiana, Itabaianinha, Lagarto, Neópolis, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Simão Dias. Não houve registro de óbito por zika.

LIRAa
A SES informou ainda que neste mês de dezembro, a Gerência do Núcleo de Endemias estará oficializando os 75 municípios sergipanos para a realização do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) na segunda quinzena de janeiro do próximo ano. “Pretendemos começar 2021 fazendo um novo LIRAa porque precisamos entender como o vetor está se comportado no nosso Estado. Mas é importante que tenhamos a adesão de 100% dos municípios”, explicou a gerente do Núcleo de Endemias, Sidney Sá.

A gerente também destacou que em 2020 foi realizado apenas um LIRAa ainda no começo do ano por conta da pandemia do novo coronavírus, interrompendo as atividades relativas ao levantamento. “Independentemente da crise sanitária, alguns municípios, inclusive Aracaju, realizaram o LIRAa para terem uma ideia de como estava o cenário epidemiológico da dengue, mas a gente precisa ter a adesão dos 75 municípios, até porque vamos receber novos gestores no próximo ano e eles precisam entender a nossa proposta. Este é um trabalho importante que a gente tem que fazer dentro do controle das arboviroses”, finalizou Sidney.

Leia mais:
População deve atentar para sintomas e diagnósticos da dengue, zika e chikugunya em Aracaju
Sergipe registra mais de 3 mil casos entre dengue, chikungunya e zika em sete meses