Polícia


Após cair em golpe, ex-bailarina do Faustão denuncia esquema de pirâmide financeira


Publicado 25 de agosto de 2020 às 08:25     Por Eduardo Costa     Foto Reprodução/Facebook

A ex-bailarina do Faustão Pablinny Pedersoli denunciou à Polícia Civil um esquema milionário de pirâmide financeira no Distrito Federal. A fraude, segundo o portal Metrópoles, é comandada por Juliana Novaski Ducia, que se apresenta nas redes sociais como ex-garota de programa. Ela teria provocado um prejuízo de R$ 2 milhões, atingido 715 pessoas em quase todos os estados do Brasil.

Pablinny, 31, afirmou ter conhecido Juliana, 24, via Instagram em abril. “Durante a pandemia, eu tinha uma uma loja virtual de lingerie e a Juliana começou a fazer muitas compras e também a indicar pessoas. Isso ocorreu durante um bom tempo. Até que ela me pediu dinheiro emprestado com a condição que me devolveria com juros”, declarou.

Segundo ela, o dinheiro foi investido na empresa Moedas Yebsc. Em lives, Juliana captava investidores dispostos a transferirem dinheiro. Muitos seguidores faziam transações bancárias ao vivo, movimentando a pirâmide. Juliana chegou a fazer publicações prometendo pegar R$ 4 mil e devolver R$ 14 mil em dez dias.

Então, em junho, Pablinny percebeu que estava em uma fraude e retirou sua quantia inicial, quebrando o fluxo da empresa. “Depois que me afastei da Juliana e dos esquemas dela, comecei a sofrer ameaças nas redes sociais feitas por perfis fakes. Tive sérios problemas com o funcionamento da minha loja, pois o perfil foi denunciado e suspenso”, afirmou.

Segundo o Metrópoles, com o passar do tempo, aumentou o número de investidores esperando o retorno. Por isso, todos os dias Juliana faz lives explicando a situação e tentando acalmar aqueles que não conseguem o dinheiro.

Ao mesmo portal, uma veterinária de Brasília que não quis se identificar também denunciou o caso. “Resolvi transferir a quantia de R$ 300 e nunca recebi o retorno prometido ou sequer a quantia que havia investido”, disse ela.

De acordo com o Metrópoles, a empresa Moedas Yebsc funciona sob CNPJ de Micro Empreendedor Individual (MEI), o que bloqueia movimentação a R$ 10 mil por mês. Já na Receita Federal, está registrada como executora de atividades de sonorização e de iluminação, promoção de vendas, serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas.

Procurada pelo portal, Juliana Novaski disse que a sua empresa é legal, com CNPJ definido. Ela afirmou também que as denúncias de Pablinny Pedersoli sobre um possível esquema de pirâmide são uma vingança de caráter pessoal, e que todos os pagamentos atrasados irão se normalizar.

“Preciso deixar claro que muitas pessoas se desesperaram num momento em que estava acompanhando meu namorado na gravação de um clipe e não tive como fazer os pagamentos que estavam agendados. Mas logo tudo irá se normalizar. Sobre a utilização de contas de terceiros para fazer a movimentação financeira, não vejo qualquer tipo de irregularidade nisso”, declarou.

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