Educação
MPF nega desarquivamento de inquérito que investigava eleições para reitor da UFS
O Ministério Público Federal (MPF) negou que tenha desarquivado o inquérito civil que investigava supostas irregularidades nas eleições para reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) após a candidata à reitora, Denise Fontes Albano Leopoldo, alegar que o caso voltou a ser apurado, nesta terça-feira (22).
Segundo o órgão, o inquérito, que foi arquivado em novembro, foi encaminhado à 1ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e foi distribuído para a relatora no dia nove de dezembro, e continua aguardando apreciação.
“Após o arquivamento realizado em 1ª Instância, em novembro, e de manifestação da denunciante, prevista em legislação, o procurador responsável pelo caso manteve o pedido de arquivamento e encaminhou o procedimento para a câmara recursal, que ainda não se manifestou sobre a promoção de arquivamento do Inquérito Civil”, frisou em nota.
Em julho deste ano, a UFS realizou um processo eleitoral marcado por polêmicas e definiu a lista tríplice, encabeçada pelo atual vice-reitor, Valter Joviniano, e pelo professor Rosalvo Ferreira dos Santos, que assumiram após o ex-reitor Angelo Roberto deixar o comando.
No entanto, em seu lugar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), através do Ministério da Educação (MEC), nomeou para o cargo de reitora pro tempore a professora do Departamento de Serviço Social, Liliádia da Silva Oliveira Barreto.
Com o suposto desarquivamento antes da declaração do MPF ser divulgada, a professora de Direito e candidata à reitora da instituição universitária pela chapa RenasceUFS, Denise Leal Fontes Albano Leopoldo, comemorou e ressaltou que há fraude nas eleições internas da instituição.
“Acreditamos que nossas alegações, acompanhadas de várias e qualificadas evidências materiais das muitas ilegalidades e abusos cometidos no curso do aludido processo eleitoral, levaram esse digno colegiado a acolher nosso recurso”, disse.
“Esperamos que, na retomada dessa investigação, seja possível apurar as razões pelas quais o ex-reitor da UFS não permitiu ou viabilizou qualquer auditoria no sistema de votação eletrônica utilizado na eleição, apesar de ter afirmado que o faria na reunião de votação, bem como o amplo e notório uso da máquina administrativa para favorecer seu candidato, o ex vice-reitor temporário por ele nomeado”, completou.
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