Polícia


Polícia prende suspeitos de aplicar golpe em venda de carros de locadoras em Sergipe


Publicado 29 de abril de 2020 às 14:29     Por Larissa Barros     Foto Divulgação / Secretaria de Segurança Pública

A Polícia Civil prendeu quatro suspeitos de vender carros de locadoras em Sergipe, nesta quarta-feira (29). De acordo com a Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), o grupo atuava em outras localidades do país. A ação resultou na apreensão de 15 veículos.

Segundo a polícia, os automóveis eram levados para estados diferentes da origem, onde a propriedade era alterada. Em seguida, os carros eram negociados em outras unidades da federação. Segundo as investigações, uma das vítimas teria tido um prejuízo de cerca de R$ 90 mil.

De acordo com o delegado Hugo Leonardo, a investigação teve início em junho de 2019, quando houve a apreensão de um veículo Renault Oroch com restrição de furto.

“Aparentemente, o proprietário havia comprado de boa fé a um dos investigados, o Marcel. Então começamos a apreender veículos na mesma situação. As pessoas tinham comprado esses veículos que sempre passavam pelo Marcel, que recebia os veículos de Luanderson, o “Bahia”, explicou o delegado.

Ainda segundo a autoridade policial, os carros eram locados em vários estados por “laranjas”, que levavam para Bahia e Piauí, onde era transferida a propriedade da locadora para uma pessoa física, outro “laranja”.

“Essas pessoas físicas foram identificadas, algumas moradoras de Sergipe, que serão indiciadas, mas ainda não foram presas. Elas traziam esses carros para o mercado de Sergipe e os vendiam ilegalmente”, disse o delegado

Segundo a polícia, por causa da demora para as locadoras registrarem o boletim de ocorrência do furto dos automóveis, os veículos eram vendidos ainda sem restrição.

“Não havia qualquer restrição nos veículos, porque a locadora demorava a fazer o boletim de ocorrência. Ela demorava entre a data que o cliente deveria entregar até a feitura do boletim de ocorrência. Tiveram casos em que se decorreram seis meses. Durante esses seis meses, a quadrilha pôde fazer essa transferência tranquilamente até chegar a um terceiro, de boa fé, abordado pela polícia com essa notícia de que o carro tinha essa restrição”, concluiu o delegado.

Apesar das apreensões, a polícia estima a possibilidade da existência de outros veículos na mesma situação, e de acordo com o delegado Hugo Leonardo, existem investigados nos estados da Bahia e Alagoas.



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