Cidades


Após idosa tomar vacinas diferentes, professor da UFS afirma que risco para saúde é mínimo


Publicado 07 de abril de 2021 às 15:20     Por Larissa Barros     Foto Josafá Neto/Rádio UFS

Após a idosa tomar a segunda dose da vacina contra covid-19 de fabricantes diferentes, em Aracaju, o professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Diego Moura Tanajura, o risco da idosa apresentar alguma reação é mínimo.

“O risco é o mesmo caso ela tivesse tomado as doses corretas, porque estamos falando de duas vacinas seguras, a Coronavac e a da AstraZeneca. O que se deve fazer é acompanhar a pessoa para ver se ela não vai ter alguma reação adversa. Já houve relatos disso acontecendo em outros estados e a gente não teve observação de reação adversa grave. Não é porque houve uma mistura de vacinas que ela vai ter alguma reação alérgica. Pode acontecer algo se ela já tiver alergia a algum dos componentes da vacina, mas não pelo fato de serem dois imunizantes diferentes”, disse o pesquisador.

De acordo com o professor, a troca das doses na imunização pode gerar implicações quanto à eficácia das duas vacinas. No entanto, não é possível afirmar se o equívoco poderia aumentar ou diminuir a eficácia do imunizante.

“Não temos dados sobre essa questão da mistura de vacinas. Então, não temos como falar sobre como ficaria a eficácia neste caso. A Coronavac tem uma eficácia de 50,4%, mas somente quando você aplica as duas doses dela. Nesse mesmo modelo, a da AstraZeneca chega a uma eficácia de 82%. Agora, na mistura delas, ainda não sabemos o que poderia acarretar em relação à eficácia”, explicou.

Ainda segundo Tanajura, em relação ao caso da idosa, alguma imunidade será desenvolvida. Ela vai desenvolver algum grau de proteção. “O que a gente não sabe é qual seria esse grau, qual seria essa eficácia, porque ela não vai ter a eficácia de cada um dos imunizantes”, afirmou.

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