A vice-governadora de Sergipe, Eliane Aquino (PT), se manifestou sobre a desocupação do prédio localizado na avenida Ivo do Prado, Zona Sul de Aracaju, onde estava instalada a ocupação João Mulungu, e alegou ter sido pega com “extrema surpresa e indignação”. Em suas redes sociais, neste domingo (23), dia em que ocorreu a ação, a petista ainda afirmou que a Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seias) não foi notificada.

Segundo ela, uma equipe foi ao local assim que soubemos dos fatos. .”Foi com extrema surpresa e indignação que recebi a notícia do despejo das famílias da ocupação João Mulungu, no Centro de Aracaju, na manhã deste domingo. Num momento tão grave de pandemia, uma ação dessas não deveria ocorrer, muito menos da maneira como ocorreu”, disse ela.

A reintegração de posse foi cumprida por meio de uma ordem judicial emitida por Isaac Costa Soares de Lima, da 9ª Vara Cível de Aracaju, em favor da dona do imóvel, a construtora Celi. Mesmo com o embasamento do Judiciário, Eliane criticou o ato. “Mas, em último caso, pela necessidade do cumprimento de ordem judicial, deveria ter ocorrido um trabalho conjunto entre diversas frentes do Poder Público que assegurasse, pelo menos, que todas as pessoas fossem testadas”, afirmou.

A surpresa também se dá pelo fato de que Aquino, que foi secretaria de assistência social na Prefeitura de Aracaju na gestão de Edvaldo, em 2017, defende políticas públicas voltadas para a garantia dos Direitos Humanos e que ocupa o segundo cargo mais importante na gestão de Belivaldo Chagas (PSD), tenha sido privada do conhecimento de uma ação desse porte. Diversos políticos sergipanos e autoridades do estado se manifestaram contrários aos atos da Polícia Militar de Sergipe durante a desocupação. Segundo a Polícia Militar, a reintegração foi determinada pela Justiça.

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