Economia


Usina inaugurada por Bolsonaro em Sergipe promete ser a maior termoelétrica a gás da América Latina


Publicado 17 de agosto de 2020 às 14:24     Por Eduardo Costa     Foto Alan Santos/Presidência da República

A Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I, inaugurada na manhã desta segunda-feira (17) na Barra dos Coqueiros, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, promete ser a maior termoelétrica a gás da América Latina. Na cerimônia de abertura, foi bastante destacada a grande capacidade do empreendimento.

A Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) foi quem comandou a obra, chegando no estado em 2017. Foram estabelecidos 26 contratos de duração de 25 anos com distribuidoras, sendo a principal delas a GE, que construiu as linhas de transmissão e forneceu turbinas. Os investimentos estão na casa dos R$ 6 bilhões. Destes, R$ 1,7 bilhão foi fornecido por acionistas, e o restante financiado por instituições internacionais.

A usina está operando desde março de 2020 e converte gás natural em energia elétrica, com três turbinas a gás e um a vapor. Ela pode produzir até 30 milhões de metros cúbicos de gás, suprindo 15% da demanda do Nordeste. As instalações, segundo a Celse, também permitem que o Gás Natural Liquefeito (GNL) seja levado para regiões não atendidas pela tubulação. Ela promete trazer redução de custos na energia elétrica.

Presente na cerimônia, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou a capacidade da Usina e a força de Sergipe como polo de gás no Brasil: “A Usina sozinha pode atender 16 milhões de cidadãos. Térmicas como essa são estratégicas para viabilizar o crescimento do parque de energias renováveis, reduzindo os custos, e contribuem para um ambiente de competição fundamental. Sergipe tem se tornado um dos maiores polos do Brasil, sendo um exemplo para demais estados”.

O deputado federal por Sergipe Laércio Oliveira (PP), relator da “Lei do Gás” (que altera o regime de contratação de empreendimentos na área) na Câmara dos Deputados, destacou bastante a necessidade de aprovação do Projeto de Lei. Ele ainda defendeu a maior entrada de recursos privados na área.

“Esta realidade tem sintonia com o Projeto cujo qual sou relator na Câmara, e cuja votação deve acontecer nos próximos dias. O PL que relatamos vai resgatar o Brasil de um retrocesso de dez anos para reduzir o custo da molécula do gás. A nova lei do gás vai oferecer segurança jurídica e liberdade econômica. Tudo o que acontece aqui hoje é recurso privado na veia”, afirmou.

A usina empregou 3.500 pessoas, sendo 70% de profissionais sergipanos. O diretor presidente da Celse, Pedro Litsek, falou sobre a importância da obra e o recebimento que teve de Sergipe para a construção.

“Sergipe nos recebeu de braços abertos, apoiando o projeto. O governo nos tratou de forma ética e profissional. O caminho que desbravamos aqui será muito importante para outros projetos. Essa usina atende os mais rígidos padrões socioambientais do mundo. É um marco importante para o mercado elétrico e setor de gás”, declarou Litsek.

Leia mais:
Belivaldo agradece a Bolsonaro pelo apoio na construção de usina na Barra: “Meu palanque é Sergipe, seu palanque é o Brasil”
Bolsonaro compara Sergipe com Israel e agradece em discurso “a quem votou e não votou em mim”
‘Oportunidade de alinhar discursos e viabilizar recursos federais’, diz Capitão Samuel sobre visita de Bolsonaro



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso