Educação
Prefeito de Neópolis afirma que município não tem condições de pagar piso dos professores
O prefeito de Neópolis, Baixo São Francisco Sergipano, Celio Lemos (PR), reconheceu, nesta terça-feira (03), o direito de greve dos professores municipais e justificou que a gestão não tem condições de pagar o piso salarial principal reivindicação dos grevistas. Em entrevista ao AjuNews, Lemos detalhou a situação financeira de Neópolis, além de afirmar que a situação do movimento grevista vai sofrer judicialização.
“As únicas receitas de Neópolis são o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e quase todo dia 10 esse dinheiro é bloqueado por causa de dívidas da gestão anterior. O piso salarial é direito do professor, mas não temos condições de pagar. Realizamos três reuniões no Ministério Público de Sergipe, abrimos as contas e ficou claro que não há viabilidade no momento. Contundo, estamos pagando em dia os servidores e principalmente os professores”, ressaltou.
Celio afirmou que o número de alunos por sala de aula é menor quando comparado ao nível nacional. “Neópolis atualmente tem uma média de 10 alunos em sala, quando comparado a nível a nacional no mínimo deve ter 18 estudantes por sala. O total de alunos na rede municipal são 2.500 alunos”, finalizou.
Os professores da rede municipal de ensino de Neópolis estão acampados na sede da prefeitura em busca de uma reunião com o prefeito Célio Lemos. O ano letivo deveria ser iniciado no dia 3 de fevereiro, mas a categoria entrou em greve, alegando falta de condições de trabalho em decorrência da péssima conservação das escolas e também em protesto à falta de revisão do piso salarial do magistério que está congelado há cinco anos, conforme informações da professora Silvaneide Ferreira, vice-coordenadora geral de base do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese) da região do Baixo São Francisco.
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