Educação


Professores em greve cobram pagamento do piso salarial em Itaporanga D’Ajuda


Publicado 25 de maio de 2021 às 19:01     Por Fernanda Souto     Foto Divulgação/ Sintese

Os professores da rede municipal de Itaporanga D’Ajuda, no Leste Sergipano, fizeram uma manifestação cobrando o pagamento do piso salarial da categoria de 2020 pela prefeitura do município. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), o valor ainda não está sendo pago.

Os profissionais estão em greve desde o dia 19 de maio. De acordo com a diretora da base municipal do Sintese, Ivonia Ferreira, o protesto vai além da greve sanitária dos professores do Estado contra o retorno às aulas presenciais sem a vacinação dos trabalhadores da educação.

“O reajuste do piso salarial é uma lei federal e até o momento os professores não receberam esse reajuste. Passamos o ano inteiro dialogando com a Prefeitura, mas o reajuste não veio. Itaporanga, ao contrário de outros locais, têm uma situação financeira confortável e já foi passada para o sindicato, pelo próprio município, que há recursos para pagar o piso salarial dos professores, então, nosso direito está sendo negado. O prefeito alega a questão da pandemia, mas os trabalhadores não podem ser mais penalizados do que já são, ainda mais quando há dinheiro para pagar”, disse Ivonia.

Segundo Ivonia, uma comissão se reuniu com o presidente da Câmara de Vereadores de Itaporanga para solicitar apoio e intermédio da Casa. “A Lei para reajustar o piso foi elaborada, mas o prefeito não enviou à Câmara, e diante dessa situação não poderíamos deixar os vereadores de fora. Fomos pedir apoio e o presidente ficou de tentar intermediar uma conversa com o Prefeito, que não nos recebe mais”, afirmou.

Prefeitura
A prefeitura de Itaporanga divulgou uma nota informando que a gestão municipal suspendeu a atualização do piso nacional do magistério, tendo em vista que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SE) recomendou que não haja adicional de despesa nas folhas de pagamento, sob quaisquer argumentos.

“Com intuito de apoiar a classe, em reunião com o SINTESE, a Secretaria Municipal de Assuntos jurídicos informou que a Lei 173/2020 só prevê duas exceções para conceder aumentos ou benefícios. Mesmo com a orientação da assessoria jurídica do município, o Sindicato optou por defender a greve. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, esclarece que o Sindicato, a todo tempo, foi recebido e ouvido por técnicos e que nunca houve a negativa aos seus direitos e que a gestão permanece aberta a adoção de medidas resolutivas”, diz a nota.



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