Umas das principais bases eleitorais do presidente Jair Bolsonaro (PL), os militares chegam em peso para as eleições 2022. Em todo Brasil o número passa de 1,5 mil que concorreram a algum cargo. Já Sergipe, 38 nomes que figuram entre o alto escalão da Polícia Militar até patentes mais baixas, reformados ou da ativa, e bombeiros estarão com seus rostos estampados em 2 de outubro. Um levantamento realizado pelo Ajunews, neste domingo (20), aponta que quatro candidatos declararam patrimônio milionário à Justiça Eleitoral. Juntos eles somam R$ 7 milhões.

A maioria é do sexo masculino, ligado à PM-SE e integrantes de partidos que apoiam à reeleição do presidente. lista tem o bombeiro e ex-diretor do SAMU, Dênisson Pereira (PSD), de 46 anos, candidato a deputado federal como o de maior quantia declarada: R$ 2.736.158,00. Seguido dele aparece o então candidato a governador Jorge Alberto (PROS), militar reformado, com 2.192.003,69. Alberto, no entanto, nesta sexta afirmou que vai retirar candidatura devido à instabilidade no partido. O Capitão Luis Fernando (PC do B), que concorre à Câmara Federal, fecha o pódio dos de maior patrimônio com R$1.335.000,00. Outro Capitão, Araújo Lima (PL) é o último a declara bem superior à casa do milhão com R$ 1.010.000. O total dos quatro é igual a R$7.273.161.

Outros se aproximam do milhão, como é o caso do Coronel Idelmário (PL), da PM-SE e um dos líderes do movimento Polícia Unida, que pleiteia vaga na Câmara Federal que declarou a posse de R$ 835 mil. Outro militar é o candidato a estadual Major Toledo (União), com R$ 800 mil declarados. Nomes da corporação que estão com cargos eletivos, como é o caso do Capitão Samuel (PP) declarou pouco mais de R$123 mil, enquanto que o Sargento Byron Estrelas Do Mar (Republicanos) não declarou bens.

Mudança nas divulgações de bens
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta sexta (18), retomar a divulgação da descrição mais detalhada dos bens declarados pelos candidatos nas eleições deste ano. O entendimento da maioria foi o de que a divulgação não fere a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Essas informações já foram, obrigatoriamente, prestadas pelos candidatos em seus pedidos de registro. Com a decisão do plenário, cabe agora ao TSE apenas voltar a torná-las públicas. Ainda não foi estipulado prazo para que a medida seja efetivada, mas uma reunião para discutir a implementação da medida foi marcada já para a tarde de hoje, informou o tribunal.

Pela decisão da maioria do TSE, a plataforma de divulgação de candidaturas deve passar a ocultar apenas o número de lote ou apartamento de imóveis e o número de celular e o email pessoal do candidato.