Política


Entenda o que precisa acontecer para a votação se estender para o segundo turno em Aracaju


Publicado 05 de novembro de 2020 às 13:00     Por Eduardo Costa     Foto Antonio Augusto/TSE

Uma das grandes dúvidas a respeito da população em geral é sobre o que precisa acontecer para uma eleição no Brasil, em qualquer nível que seja, chegue ao segundo turno. No caso de Aracaju, o pleito se mostra equilibrado em um primeiro momento, e há uma boa chance de vermos a votação do dia 15 de novembro se estender até o dia 29, data da segunda votação.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para um município poder realizar um segundo turno, ele deve ter no mínimo 200 mil eleitores aptos. No estado de Sergipe, apenas a capital Aracaju possui tal eleitorado, com 404.901 pessoas. Por isso, grandes municípios como Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros, mesmo tendo vários candidatos, obrigatoriamente terão apenas primeiro turno.

O que define a possibilidade do segundo turno é a maioria absoluta de votos. O candidato não precisa apenas ter mais votos que seus concorrentes, e sim ter mais de 50% dos votos válidos (votos que excluem os brancos e nulos). Caso o nome líder do pleito chegue a tal contagem no primeiro turno, já será eleito.

No caso de Aracaju, segundo a pesquisa mais recente divulgada pelo Ibope em outubro, Edvaldo Nogueira (PDT) lidera pela reeleição com 34%, contra 19% da segunda colocada Delegada Danielle (Cidadania) e 10% para Rodrigo Valadares (PTB). Ou seja: por enquanto, com as projeções atuais, o segundo turno seria necessário em Aracaju.

Caso a eleição para prefeito de Aracaju vá ao segundo turno em 2020, ela repete o ocorrido em 2016, mas vai na contramão da história recente. Nos últimos 20 anos, contando todas cinco eleições municipais desde 2000, todas entre 2000 e 2012 acabaram em primeiro turno. Apenas em 2016 o segundo turno foi necessário.

Respectivamente, Marcelo Déda (PT) em 2000 e 2004, Edvaldo Nogueira (PCdoB) em 2008 e João Alves Filho (DEM) em 2012 foram aclamados já na primeira votação. Em 2016, Edvaldo precisou esperar a segunda data para superar Valadares Filho (PSB) e retornar ao posto de chefe do Executivo municipal.

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