Eleições
Postagens com desinformação sobre fraudes em eleições no Brasil crescem em 2020
O número de postagens com desinformação relacionadas a suposições de fraudes e manipulações nas eleições de 2020 tem superado a média histórica até agora. Segundo estudo divulgado pela Folha de São Paulo, e feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Facebook e no YouTube já são 18.345 posts nos nove primeiros meses do ano.
Tal número é bem maior que os das eleições presidenciais de 2014 e 2018. Nesta última, no total do ano, foram 32.586 posts e vídeos. Segundo a reportagem, o TSE teme que haja um caos semelhante ao dos Estados Unidos, onde o derrotado presidente Donald Trump tem incitado seu público a desconfiar do sistema eleitoral.
O estudo mostra que os links com maior engajamento foram: “PF desmantela quadrilha que cobrava até R$ 5 milhões para fraudar urnas eletrônicas’, da página Folha Centro Sul; e “TSE entregou códigos de segurança das urnas eletrônicas para a Venezuela e negou acesso para auditores brasileiros”, do Jornal da Cidade Online.
Já no YouTube, os vídeos mais visualizados foram: “TENSÃO NO STF: PERITOS DESMASCARAM URNAS ELETRÔNICAS”, do canal TopTube Famosos; e uma entrevista com Diego Aranha falando sobre falhas das urnas eletrônicas, no programa The Noite, de Danilo Gentili, no SBT. Este ano, por conta das insinuações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de fraudes na eleição de 2018, a circulação destes conteúdos aumentou.
As empresas vêm tentando de alguma forma combater o problema. O Facebook criou um centro de operações para eleições, e exibe junto ao Instagram um aviso de postagem com informação falsa. O WhatsApp aumentou a restrição de encaminhamentos de mensagens que viralizam, e o Twitter está rotulando conteúdo que ameaça o processo eleitoral.
Leia mais:
Eleições 2020: Urnas são seguras e uso é transparente, afirma TSE
Leia os termos de uso