Justiça
“Doar esmolas nas ruas traz indignidade e estimula a exploração infantojuvenil”, diz promotora do MP-SE
Durante o lançamento da Campanha “Esmola não. Doe Esperança!”, idealizada pelo Ministério Público de Sergipe (MP-SE), nesta terça-feira (17), a promotora de Justiça Talita Cunegundes, diretora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Adolescência, alertou que “doar esmolas nas ruas traz indignidade e estimula a exploração infantojuvenil”.
O objetivo da Campanha do MP-SE é conscientizar a população a não doar nas ruas ou nos sinais de trânsito para não incentivar a exploração infantojuvenil.
“Muitas vezes, quem pede nas ruas são famílias e pessoas que buscam na sua comunidade uma criança ou um adolescente para sensibilizar, para conseguir recursos financeiros. Mas a esmola gera um ciclo contínuo da pobreza”, explicou a promotora Talita.
“Existem outras formas de doar sem explorar a criança e o adolescente. O ato de doar esmola faz a pessoa estar à margem da sociedade, ela não é tratada como um cidadão digno. As crianças acabam virando pedintes e são exploradas porque estão sob sol, chuva, estão fora das escolas, circulam entre os carros e podem sofrer atropelamentos. Além disso, pode acontecer dessas crianças serem abusadas, serem levadas no carro por desconhecidos”, informou.
Como doar?
A promotora alertou ainda que no site do Ministério Público de Sergipe será divulgada uma lista com instituições e ONGs para que a população possa realizar doações. “As doações que fazem com que a pessoa tenha dignidade, cidadania e esperança, são através de doações em instituições públicas e/ou não governamentais que fazem trabalhos sociais de assistência à comunidade, como CRAS, CREAS, entidades não governamentais que são cadastradas nos Conselhos das Crianças e Adolescentes”, finalizou.
A campanha foi lançada também com a presença da promotora Lilian Carvalho, da 8ª Promotoria de Justiça dos Direitos do Cidadão Especializada na Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
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