Justiça
Inquérito das fake news: Dias Toffoli revela recurso estrangeiro em atos anti-STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou que o inquérito das fake news identificou financiamento estrangeiro a pessoas que promoveram campanhas contra o Supremo e o Congresso Nacional nas redes sociais. Em entrevista à TV Bandeirantes, o ministro disse que não poderia dar mais detalhes sobre a descoberta, considerada “gravíssima” por ele.
De acordo com o Uol, o inquérito das fake news foi aberto em 2019 por determinação do então presidente do STF, Dias Toffoli, para investigar a disseminação de notícias falsas e ameaças a integrantes da corte.
“Não posso dar mais detalhes, mas esse inquérito que combate as fake news e os atos antidemocráticos, em quebras de sigilo bancário já identificou financiamento estrangeiro internacional a atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra instituições, em especial o STF e o Congresso Nacional”, informou o ministro.
Ainda segundo Toffoli, o “aprofundamento dos dados de investigação” está sendo realizado pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito, e é preciso “ir a fundo nesta questão”. Sem ser específico, o ministro disse que financiamentos de grupos radicais já criaram o caos no Brasil em outros momentos da história.
Para o Uol, a informação foi usada como mais um argumento de Toffoli em defesa da importância do inquérito da fake news, que causou controvérsia no momento de sua abertura. A medida chegou a ser contestada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sob o argumento de que, como juiz, o STF não poderia atuar também como órgão investigador.
Em junho de 2020, o plenário do STF, formado pelos 11 integrantes do tribunal, decidiu pela legalidade da abertura da investigação. O inquérito passou a investigar políticos, empresários e blogueiros apoiadores do presidente Bolsonaro, por suspeita de integrarem uma rede para disseminação de notícias falsas e ameaças contra os ministros do STF.
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