Polícia
Após denúncia, polícia descobre fraude no concurso para agentes penitenciários de Sergipe
Dois candidatos de Pernambuco fraudaram o concurso público para agentes penitenciários de Sergipe, ocorrido em 2018. A investigação foi concluída pela Delegacia de Defraudações, nesta quarta-feira (15).
Segundo a delegada Rosana Freitas, os envolvidos, Alex Ferreira de Moura Adilson José da Silva, deixaram o curso de formação assim que souberam sobre as investigações. A polícia acredita que eles retornaram ao estado de origem, Pernambuco, onde diligências complementares estão sendo realizadas.
“Um deles chegou a ser ouvido e confessou a prática delitiva. O outro ainda não foi interrogado porque se evadiu do estado antes que a diligência fosse adotada. Mas, já mantivemos contato com a polícia de Pernambuco para que as diligências complementares sejam realizadas e para que possamos, não só interrogar o suspeito, mas inquirir outras pessoas que tenham participado dessa fraude”, disse a autoridade policial.
As investigações foram iniciadas em dezembro de 2019 após denúncia anônima recebida pela Escola de Gestão Penitenciária (Egesp). Segundo a polícia, o denunciante apontou que um candidato pagou R$ 10 mil para que uma pessoa fizesse a prova objetiva no lugar dele e R$ 5 mil para que outra realizasse o teste de aptidão física. As suspeitas foram confirmadas por meio das provas periciais, além da confissão do investigado.
Essa primeira fraude levantou outras suspeitas e mais nove candidatos foram investigados. “Foram analisados os documentos e sendo constatado que um deles também havia fraudado a realização da prova objetiva, ou seja, tinha sido realizada por outro indivíduo que não o candidato”, afirmou a delegada.
Também a partir desta análise, foi identificada mais uma possível fraude no tocante ao então candidato Adilson José da Silva, que teve a prova objetiva realizada por terceira pessoa, segundo laudo técnico. “Com a ajuda do diretor da escola e dos peritos do Instituto de Criminalística, a equipe da Defraudações realizou a avaliação de mais nove candidatos, foram analisados os documentos e sendo constatado que um deles também havia fraudado a realização da prova objetiva, ou seja, tinha sido realizada por outro indivíduo que não o candidato”, detalhou a delegada.
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