A Polícia Rodoviária Federal (PRF) criou um documento em que orienta agentes durante abordagem de pessoas em crise de saúde mental. As orientações, divulgadas nesta segunda-feira (18), ocorrem após dois meses da abordagem que vitimou Genivaldo de Jesus dos Santos, em Umbaúba, no Sul de Sergipe. Ele tinha esquizofrenia e morreu após ser preso no porta-malas de uma viatura.

Dentre os pontos abordados pela corporação no documento, assinado pelo Diretor de Operações da PRF, Djairlon Henrique Moura, está a recomendação de não não ameaçar a pessoa em crise com prisão ou outras ameaças semelhantes, “pois isso pode criar mais medo, estresse e potencial agressão”.

O texto orienta ainda que os agentes reduzam sinais luminosos e sonoros das viaturas para diminuir situações que possam provocar estresse. A contenção física, nesses casos, deve ser ‘medida de exceção’.O documento também diz que os agentes devem pedir assistência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou do Corpo de Bombeiros Militar “com formação especializada no manejo de pessoas em crise de saúde mental”.

O documento faz parte de uma resposta enviada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública ao deputado Alexandre Padilha (PT-SP). No entanto, em nenhum momento cita o caso de Genivaldo.