Polícia


Após vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros, polícia orienta população para não cair em golpes na internet


Publicado 01 de abril de 2021 às 22:39     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / EBC

Com o vazamento massivo de dados pessoais de cerca de 223 milhões de brasileiros, o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil, orientou a população, nesta quinta-feira (1º), para evitar ser vítima de golpes praticados com dados pessoais. Os golpistas podem utilizar esses dados em práticas criminosas como a abertura de contas em bancos e a aquisição de cartões de crédito, obtenção de benefícios sociais, compra e venda de bens das vítimas, além de uso de falsa identidade para aplicação de golpes por telefone ou por meio do WhatsApp

Dentre os dados vazados, conforme apurou o laboratório de cibersegurança DFNDR Lab, estão CPF, nome, sexo, endereço, telefones, fotos de rosto, dados financeiros, data de nascimento, estado civil, relações familiares, dados de veículos – placa e número de chassi -, CNPJs – razão social, nome fantasia e data de fundação -, detalhes sobre declarações de imposto de renda, benefícios do INSS, registros de servidores públicos, escolaridade e cadastros do LinkedIn – rede social com foco em atividades e relações profissionais.

Na sexta-feira, 19 de março, a Polícia Federal prendeu Marcos Roberto Correia da Silva, 24 anos, apontado como hacker. A prisão ocorreu em Uberlândia, Minas Gerais. De acordo com a polícia, o suspeito é um dos responsáveis pelo maior vazamento de dados pessoais no país.

A diretora do Depatri, delegada Viviane Pessoa, destacou que, dentre os principais golpes, estão os que são praticados por meio de e-mails e SMS. “Se você recebe um email com conteúdo estranho e que chama atenção, faz com que você fique curioso para abrir, essa mensagem pode ser um caminho para infectar sua máquina, seu celular. Da mesma forma o SMS. Não é um canal utilizado, corriqueiramente, por uma instituição financeira. Então, se a pessoa o responde, pode abrir espaço para que o golpista consiga dados de telefone e outros que estão no aparelho”, ressaltou.

Viviane Pessoa detalhou que é fundamental a verificação das movimentações financeiras das contas bancárias por meio dos canais oficiais, como os aplicativos, a fim de identificar transações que não sejam reconhecidas. Além disso, nos casos em que as pessoas se tornam vítimas dos cibercriminosos, é necessário a formalização da comunicação do golpe à Polícia Civil, por meio do registro de boletim de ocorrência, que possibilita as investigações e a localização dos autores dos crimes



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