Cerca de 37 associações da sociedade civil pediram o afastamento do arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, após ele ser acusado por suposto abuso sexual contra seminaristas. A informação foi divulgada pelo Estadão, nesta segunda-feira (4).

De acordo com a publicação, o grupo das entidades divulgou uma nota pública defendendo o “imediato afastamento” do Arcebispo, alvo de investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do estado por suposto abuso sexual contra seminaristas.

A manifestação das associações acontece após uma reportagem do jornal El País revelar detalhes das acusações contra o Arcebispo.

“O referido afastamento, no entendimento das entidades, visa garantir a eficiência e a efetividade das investigações que hoje tramitam na Polícia Civil com acompanhamento do Ministério Público do Estado”, diz a nota.

Segundo a reportagem, os fatos narrados aos promotores que pediram a abertura da investigação, que corre sob segredo de Justiça, teriam acontecido a cerca de seis anos atrás. Todas as supostas vítimas tinham entre 15 e 20 anos de idade quando.

No início de dezembro, em vídeo publicado no site da Arquidiocese de Belém, Dom Alberto falou sobre as “acusações de imoralidade” e afirmou ter recebido a informação com “tristeza”.

“Digo que recebi com tristeza há poucos dias a informação de existência de procedimentos investigativos com graves acusações contra mim sem que eu tenha sido previamente questionado, ouvido ou tido qualquer oportunidade para esclarecer esses pretextos fatos postos nas acusações”, relatou.

Ainda na publicação, Taveira afirma que confia na Justiça brasileira para o esclarecimento das “falsas imputações” e disse estar “totalmente disponível às autoridades, tanto eclesiásticas como civis para que a realidade seja restabelecida”.