Polícia
Ex-ministro da Educação e pastores são presos pela PF por corrupção no MEC
O ex-ministro da Educação no governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, e pastores evangélicos foram presos, nesta quarta-feira (22), durante operação deflagrada pela Polícia Federal (PF). Eles são suspeitos de corrupção na liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC), a partir de um esquema de tráfico de influência envolvendo pastores evangélicos.
De acordo com informações divulgadas pelo site da Veja, as ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à primeira instância. A investigação corre sob sigilo. O mandado contra Milton Ribeiro é de prisão preventiva.
Ainda segundo a publicação, agentes da PF cumprem mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, apontados como lobistas que atuavam no MEC. Santos e Moura também foram presos.
São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal, além de medidas cautelares diversas como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos.
A ação da PF foi batizada de “Acesso Pago”, e investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação.
O crime de tráfico de influência está previsto no artigo 332 do Código Penal, com pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses), todos previstos no Código Penal.
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