Polícia


Laudo conclui que Genivaldo dos Santos morreu em virtude de asfixia mecânica provocada por componente químico


Publicado 03 de setembro de 2022 às 16:03     Por Redação AjuNews     Foto Reprodução / RecordTV

Um laudo dos peritos da Polícia Criminalística de Sergipe chegou a conclusão que Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu por causa de uma asfixia mecânica provocada por um componente químico em sua corrente sanguínea. A informação foi divulgada pelo G1 nesta sexta-feira (2).

“Ele morreu por um processo de asfixia que ele não conseguia respirar. A reação inflamatória foi tão grande que fechou a via respiratória dele”, explicou o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Victor Barros. No entanto, a perícia não atestou qual foi a substância inalada.

Conforme o diretor do IML, o laudo apontou também a presença da medicação utilizada por Genivaldo. “Foi identificado a medicação em dose terapêutica, ou seja, a hipótese dele estar em surto fica mais difícil de sustentar. Ele estava fazendo uso regular da medicação”.

Os peritos produziram três laudos que se complementam. “Em relação ao monóxido de carbono, que é uma das substâncias formadas durante a detonação de uma bomba de gás lacrimogêneo, nós verificamos que não havia no sangue uma concentração alta. Verificamos que essa não foi a substância que provocou a intoxicação, mas precisamos destacar que outras substâncias são formadas durante a detonação da bomba. A literatura científica demonstra que essas substâncias são capazes de provocar asfixia e uma irritação muito grande, disse o perito Ricardo Leal Cunha.

Relembre o caso
Após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, que ocorreu em 25 de maio, em Umbaúba, durante abordagem de policiais rodoviários federais, a PRF divulgou nota à imprensa em que afirmava que Genivaldo havia resistido ativamente à ação da equipe policial. A nota seguia afirmando que em razão da sua agressividade, foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção.

No entanto, o teor do documento foi contrariado por inúmeros vídeos gravados por populares que presenciaram a abordagem. As imagens mostram que Genivaldo de Jesus Santos não resistiu ativamente ao ser abordado pelos policiais, tampouco foram empregadas “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo” contra ele.



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