Polícia


Mais de 380 chamados para salvamento de animais foram registrados em Sergipe


Publicado 04 de janeiro de 2021 às 12:20     Por Fernanda Sales     Foto Arquivo / Secretaria de Segurança Pública de Sergipe

Através do número 193, foram registradas mais de 3.720 ocorrências de busca e salvamento pelo Corpo de Bombeiros (CBM) de Sergipe, destas, 383 foram chamados para salvamento de animais. Os resgates envolvem desde animais domésticos, como cães e gatos, que se perderam, foram abandonados e se envolveram em situações de perigo, até animais silvestres, como raposas e jacarés, em áreas próximas às vegetações e lagoas, como a Zona de Expansão de Aracaju. O Corpo de Bombeiros orienta que também está de prontidão para atuar no salvamento desses animais tanto na capital, quanto no interior do estado.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) alerta em relação ao abandono e aos maus-tratos de animais, que é crime legitimado pelo artigo 32, da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, a Lei de Crimes Ambientais, e pela Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988. O tenente José Luís Santos Filho, do Corpo de Bombeiros, explicou que as ocorrências são recebidas pelo telefone 193 e, através do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), são repassadas às equipes do CBM, responsáveis pelo resgate dos animais.

“As ocorrências quando acontecem chegam via 193. A população nos aciona e vamos até o local. Os animais são os mais diversos, domésticos e selvagens. Os mais comuns são os felinos, os gatos, e depois entram outros animais como raposas, na área da zona expansão, e jacarés, no período chuvoso, quando as lagoas enchem e transbordam, sendo visualizados pela população”, ressaltou.

Animais domésticos
Com relação aos animais domésticos, o tenente explicou que também pode ser necessário o contato com o CBM para o resgate e salvamento. O Corpo de Bombeiros está preparado para atuar em situações que possam envolver animais com algum sinal de doença. “Em se tratando dos animais domésticos, nos cuidados, especificamente com os gatos: há o comportamento comum de um animal que anda muito e é fiel a sua residência. E muitos desses felinos acabam se perdendo e chegam em outros locais e as pessoas se assustam. Com relação aos felinos, é ter o cuidado de não se aproximar e, suspeitando de um comportamento de muita salivação ou de agressividade, ligar para o 193, para que os bombeiros atuem no resgate e na recuperação do animal”, afirmou.

Animais selvagens
O Corpo de Bombeiros alerta ainda que, nos casos de aparecimento de animais silvestres, é primordial que não haja aproximação com o animal encontrado e seja feito o contato com a corporação através do 193. “Quando é um animal selvagem, jacaré, cobra, raposa, a orientação é se afastar ao máximo, pois a reação é muito inesperada, diante do fato de estar em um ambiente diferenciado, ele pode se sentir acuado, ameaçado. A chance de partir para agressão é muito grande. E também acionar o 193 para que os bombeiros estejam presentes e façam o salvamento deste animal”, completou o tenente.

Abelhas
A corporação também faz o alerta sobre o aparecimento de abelhas, que são animais com um comportamento potencialmente agressivo e que podem gerar ferimentos às pessoas. Segundo o tenente, as abelhas têm um período muito específico de grande incidência de ocorrência. “Que é o que conhecemos como migratório desses enxames, que vêm do sertão para o litoral, e entre os meses de novembro a fevereiro há grande incidência nas residências. É importante o cuidado de evitar qualquer ação de tentar capturar e tirar esse animal do ambiente, pois o poder de agressividade é muito grande”.

Resgate e legislação
Com o acionamento feito ao 193 e a conclusão do resgate dos animais, eles são encaminhados às instituições responsáveis, que estão preparadas para o acolhimento e tratamento dos espécimes resgatados pela corporação. “Os animais selvagens são encaminhados aos órgãos competentes. É feito o acionamento para que esses órgãos façam a destinação desses animais. As abelhas são encaminhadas aos apicultores. Os animais domésticos são encaminhados aos proprietários ou às Organizações não Governamentais (ONGs), que recebem esses animais”, finalizou o tenente José Luís Santos.

De acordo com a coordenadora das delegacias da capital, delegada Rosana Freitas, houve uma alteração na legislação referente aos maus-tratos contra os animais. “Recentemente, tivemos uma alteração legislativa que ensejou o aumento da pena do crime relativo a maus-tratos de animais. O aumento dessa demanda tem exigido da SSP uma atuação mais firme a esse tipo de conduta. Então, estaremos criando uma delegacia que vai tratar, única e exclusivamente, dos crimes ambientais, dentre eles os maus-tratos aos animais”.



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