Polícia


PF deflagra Operação Palude 2 por suspeita de desvio de R$ 21 milhões destinados à Covid em Pacatuba


Publicado 25 de agosto de 2022 às 06:53     Por Dhenef Andrade e Peu Moraes     Foto Reprodução / PF

A prefeitura de Pacatuba, no Baixo São Francisco, é alvo da Operação Palude 2, da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (25). Deflagrada nas primeiras horas da manhã, a ação investiga uma suposta organização criminosa que atou no desvio de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia da covid-19 na cidade. O montante utilizado de forma irregular chega a R$ 21 milhões.

De acordo com a PF, as investigações iniciaram em 2020 após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar supostas irregularidades na contratação e execução dos serviços e, ainda, na destinação dos recursos ao município. Após procedimentos de busca realizados na primeira fase do trabalho, as análises
indicaram que as seis empresas convidadas a participar dos procedimentos licitatórios suspeitos efetivamente compunham a mesma organização criminosa.

Durante a apuração, na residência de um dos investigados foi localizada farta documentação relativas a aproximadamente 15 pessoas jurídicas, incluindo carimbos, logomarcas, assinaturas avulsas, documentos de identificação pessoal utilizados com o objetivo de fraudar certames destinados à contratação com o poder público.

Ao todo, 46 mandados de busca e apreensão foram autorizadas pela 9ª Vara Federal em Sergipe. Além de Pacatuba, são alvos da operação as cidades de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Lagarto, Nossa Senhora da Glória, Propriá, Carira, Itabaiana, Itaporanga, Malhador, Simão Dias, em Sergipe, e as Cipó, Itapicuru, Ribeira do Pombal, Maceió, Barra de São Miguel, Marechal Deodoro, em Alagoas, além de Vitória, no Espírito Santo, e São Borja, no Rio Grande do Sul.

A PF também cumpre nove mandados de prisão preventiva e 61 sessenta e um mandados de indisponibilidade de bens. A ação contou com a participação de 200 policiais federais e oito auditores da CGU. Os envolvidos responderão pela prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, dispensa indevida de licitação, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Leia mais
“Teve meu consentimento”, afirma Cristiano Cavalcante sobre apoio de Silvany Mamlak à Danielle



Os comentários não representam a opinião do portal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Leia os termos de uso