Polícia


PF diz que chefes do PCC não estão em favelas, mas sim na elite


Publicado 02 de outubro de 2020 às 17:21     Por Roberta Cesar     Foto Divulgação / Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) revelou que o chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que estão em liberdade, não vivem nas periferias, mas sim em mansões e andam em carros de luxo. O coordenador geral de repressão às drogas, armas e facções criminosas da PF, o delegado Elvis Secco, afirmou que está ocorrendo uma “Lava Jato do PCC”. O delegado explicou que a sofisticação da lavagem de dinheiro e a vida luxuosa dos líderes da facção são comparáveis aos envolvidos nos esquemas de corrupção da Petrobras.

“Temos, sim, uma Lava Jato do PCC. O objetivo da Polícia Federal é fazer com que essa operação tenha fases. Para área de tráfico de drogas, temos o mesmo objetivo que investigue crimes de corrupção. É desenvolver fases da investigação”, afirmou o delegado. Em dois meses foram realizadas cinco operações contra a facção. Segundo Elvis Secco, durante a primeira etapa da “Lava Jato do PCC”, a polícia conseguiu identificar o núcleo financeiro e patrimônio dos líderes.

De acordo a PF, o PCC tem como principal objetivo a lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas. A facção já conseguiu chegar a empresários que não tiveram passagens pela polícia e que lavavam dinheiro para o crime organizado. Na quarta-feira (30), a operação Rei do Crime, que contou com a participação da PF, bloqueou R$ 730 milhões de um dos braços financeiros do PCC.

Ainda segundo o delegado Secco, a PF não deseja atingir pequenos traficantes, mas sim os chefes deles, através do rastro do dinheiro lavado dentro e fora do Brasil. Investigações da PF revelaram esquemas que vão de empresas de fachada, passam por doleiros e chegando até em transações com criptomoedas.



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