A Polícia Federal (PF) disse ao Ministério da Economia que houve falha do Exército no controle, fiscalização e combate a crimes envolvendo arma de fogo no Brasil. Segundo a PF, o Exército não deu acesso a três sistemas sobre o tema, contrariando decreto presidencial. A informação é da coluna Painel, no jornal Folha de São Paulo.

A PF ainda afirmou que, também por disso, posicionou-se contra a proposta de fim dos impostos para exportação de armas. No documento, a instituição disse: “Se a PF sequer possui acesso aos sistemas de controle e rastreamento administrados pelo Exército aos quais deveria ter, e diante da possibilidade de os órgãos de segurança não terem condições de monitorar se exportações estão ou não impactando nos índices e apreensões nacionais, não seria adequada e oportuna a extinção do imposto”.

Segundo a Polícia Federal, o sistema nacional possui grande subnotificação, uma vez que os estados não “se encarregam de comunicar as apreensões, como determina decreto presidencial”.

Por fim, a PF argumentou que o imposto de 150% existente na importação de armas atende a diretrizes internacionais, para diminuir a oferta em países da região e o tráfico ilícito. A proposta de zerar as taxas sobre armas de fogo no Brasil foi revelada pela Folha de São Paulo, e ainda será decidida pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).