Polícia


PMs da Bahia fazem ato após soldado ser morto por colegas em Salvador: ‘Não vamos prender trabalhador, não vamos fechar comércio’; veja vídeo


Publicado 29 de março de 2021 às 15:32     Por Dhenef Andrade     Foto Reprodução / Instagram

A morte do soldado Wesley Soares Góes, da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), após ser alvejado por tiros da equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), neste domingo (29), gerou comoção entre os colegas de farda. Um ato foi realizado pela Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) reuniu em assembleia centenas de militares para criticar a ação dos policiais e do governador do estado, Rui Costa (PT), e podem cruzar os braços.

“Produção zero, não vamos prender trabalhador nem fechar comércios, vão ter que nos prender!” Para o vice-presidente da Aspra-BA, o sargento Marco Antônio Bahia Silva, Costa tem responsabilidade na morte do policial e diz que o soldado é a representação da situação de outros PMs.

“Ele queria se manifestar, ele estava sofrendo. Tem vários ‘Wesleys’ na policia hoje. O governador ao invés de olhar para o vários ‘Wesleys’, ele coloca um ditador. Na imprensa ele disse hoje que ‘tinha que abater mesmo’. Um PM que defendia a sociedade, fardado foi executado pelo governador do estado. Eles são assassinos e tem que ser responsabilizados”, disse o policial.

A associação também contesta a ação do BOPE e a compara com o tratamento realizado pela equipe frente a ‘marginais’. “Todos os marginais saíram vivos, ilesos, 22 horas de negociação e saíram rindo. Aqui não, o aparato que veio não foi de negociação, foi de confronto. Wesley não fez refém, o soldado veio se manifestar, não veio machucar ninguém, ele não ameaçou, sem colete, o grupo de negociação não tinha interesse nenhum em negociar”.

O caso
Na tarde do domingo (28), Wesley, da 72º Companhia Independente de Policia Militar de Itacaré, no sul da Bahia, invadiu a barreira de proteção do Farol da Barra, em Salvador.

Ele pintou o rosto de verde e amarelo, cores da bandeira do Brasil, antes de realizar os disparos para cima no início da tarde. Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirmou que o policial sofreu um “descontrole emocional”.

Wesley foi baleado com 4 tiros e foi levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

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