Política


Policiais citados em dossiê antifascistas do Ministério da Justiça apontam perseguições


Publicado 23 de agosto de 2020 às 08:32     Por Peu Moraes     Foto Reprodução / Twitter

Alguns policiais envolvidos no movimento antifascista e citados no relatório de inteligência do Ministério da Justiça afirmam que já sofrem retaliações nas suas corporações. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo, neste domingo (23). Ao analisarem um dossiê produzido pela pasta da Justiça sobre profissionais da segurança pública antifascistas, em julgamento nesta semana, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), consideraram a prática ilegal e alertaram para o risco de perseguições políticas no serviço público.

De acordo com o jornal, relatos de episódios na Polícia Rodoviária Federal (PRF) e em Polícias Civis e Militares do país mostram que os agentes são alvos de investigação policial, demissão de cargo de confiança, sindicâncias administrativas, exclusão em seleção para instrutores de cursos de formação ou transferência para a reserva. Os integrantes do grupo chamado “policiais antifascismo” atribuem esses fatos à participação no movimento, monitorado pelo Governo Federal.

Ainda conforme a publicação, o dossiê sobre os antifascistas lista mais de 500 policiais e atribui a eles um risco de violência, inclusive com a possibilidade de atuação de “black blocs” em eventuais protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apesar de não haver qualquer relato nesse sentido.

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