Polícia
Por interferências, promotoras da força-tarefa deixam investigações do caso Marielle, diz jornal
As promotoras Simone Sibílio e Leticia Emile pediram a exoneração da Força-Tarefa do caso Marielle. A informação sobre a saída das promotoras está no boletim interno do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que deverá ser publicado nesta segunda-feira (12). As informações foram publicadas pelo jornal Extra, neste sábado (10).
De acordo com a publicação, fontes da instituição afirmaram que as promotoras pediram exoneração por causa do risco de interferências externas chegarem a comprometer as investigações. Desde setembro de 2018, as duas comandavam o inquérito sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes.
Em comunicado, o MPRJ confirmou a saída das promotoras do caso. “A Procuradoria-Geral de Justiça do MPRJ reconhece o empenho e a dedicação das promotoras ao longo das investigações, que não serão prejudicadas. O MPRJ anunciará em breve os nomes dos substitutos”.
Segundo a reportagem, há um mês, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apresentou ao procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, a viúva do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, Júlia Lotufo. Ela estaria disposta a denunciar em uma delação premiada o crime organizado e também teria pistas sobre os mandantes do assassinato da vereadora e seu motorista. Por esta razão, Júlia teria sido apresentada às promotoras da força-tarefa.
No entanto, conforme as fontes do MPRJ, Simone Sibílio, Leticia Emile e o titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Moysés Santana, foram retirados da negociação sobre a delação de Júlia. O inquérito então foi passado ao promotor que atua na 1ª Vara Especializada Criminal, onde Júlia responde por associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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